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Subversiva

Monday, July 11, 2005

Um, dois, três...

O som seco dos tiros chega aos meus ouvidos. Lá fora, alguém acaba de ver o flashback da própria vida numa fração de segundo. As conquistas, as derrotas, as lembranças mais sutis. Dizem que tudo aparece em forma de sonho antes daquele momento único.
Morte. Talvez exista beleza e magia imensurável nisso. Alguns antepassados comemoravam-na, com ritos e festas, dando graças pela missão cumprida, pela tão sonhada passagem. Não distantes de nós, os ultra-românticos do século XIX, desejavam-na com o mesmo fervor. Ela marcava, nada mais, que o final de um grande pesadelo. E, como fuligem ao vento, toda dor desapareceria.
Já eu, nascida no século XX e espectadora de toda euforia do século XXI, não tenho crenças tão bem definidas que me encham de certezas. Falha minha, admito. Os cruéis e constantes questionamentos não permitiram que me entregasse por completo a uma delas. E, com eles, vieram a atração mórbida e o receio pelo total desconhecido. Esse fascínio por tal feito que nos extingue num breve piscar de olhos e faz com que os mesmos não tornem a abrir ou fechar, essa curiosidade e busca eterna por respostas, fazem o coração falhar às vezes. Talvez desejando estar lá por apenas um momento e depois voltar, trazendo comigo algo de extraordinário valor.
Mas o risco de não passar a história adiante me impele a esperar, inquieta, pelo suspiro final, preenchendo o tempo restante entre a primeira e última lágrima com tudo que pareça dar maior sentido a vida, temendo que não exista mesmo um além. Aguardando sim, a tão querida revelação, logo antes de perder meus 21 gramas.
Não clamo pela chegada da tal ceifadora, não escrevo nenhuma carta suicida, nem ao menos quero morrer. Não tenho coragem para tirar de mim a única certeza que levo. E a maldita curiosidade me faz, também, querer viver. O que sinto mesmo é medo. Só medo.


...quatro, cinco, seis.