Ismália

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...


E, no desvario seu
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar

Alphonsus de Guimaraens

Nossas Batalhas

Derrotas ou vitórias, há quem diga que o importante são as batalhas.
Lutar contra nossos fantasmas e demonios não é garantia de vitória, mas nos torna mais fortes. A certeza posterior, negativa ou positiva, nos deixa mais tranquilos. E, no momento, o que mais busco manter e aprecio ter é a tranquilidade. Saber que foi feito o que devia ter sido feito, mesmo que não num momento apropriado. Saber que possuímos tanto razão quanto emoção e que certas coisas são regidas por apenas um deles. Ter consciencia que as pessoas mudam e que é possível aceitar isso sem julgar se mudaram para melhor ou para pior. Ter consciencia que o tempo muda. E que você dá o melhor de si no que lhe é importante, ainda que seu melhor não seja suficiente para alguns.
Mas, e daí? Meu melhor é parte de mim.
Eu estou tranquila, sorrio por isso e sorrir faz bem.
Às vezes me entendo mais, outras me entendo menos. Fases? Momentos? Lua?
Gosto das vezes em que me entendo mais. Brota uma mistura de segurança com confiança exacerbada em mim mesma e não me sinto egoísta ou egocentrica por isso. Me sinto assim, meio sei-lá-como, meio feliz, meio boba, meio Bruna.

» Óia eu aqui Zentê! Voltei! Meu período de abstinência internética acabou! (por enquanto...)

Miscelânea

Começo meu post me desculpando por ter desaparecido do blog e do flog. I'm sorry!
É engraçado observar a forma como tudo acontece, como a vida corre, tanto que, às vezes, esqueço de viver. (Por falar em correr, estou atrás de curso pré-vestibular... Ai de mim ano que vem!)

Ontem descobri que vou ter que fazer uma cirurgiazinha pra tirar meus 4 sisos, que nem sonham em nascer ainda. E uma outra num outro dente. Espero sobreviver. (sim, estou em panico!)
Semana que vem começam minhas últimas provas do ano, tanto na escola quanto na Cultura. Pretendo passar o fim de semana estudando. (...) Falando em estudo, parabéns pro Adrian, que passou na prova pro Mestrado! Agora falta pouco!

Meu tel está pra ser bloqueado, graças a Deus, Deusa, Alah, Sidarta Gautama e aos meus pais que decidiram que não ganham para pagar mais de R$400 de tel.
Agradeço porque isso me mantém longe do pc. E é perfeito. Preciso estudar, preciso ler os 9 livros que estão empilhados aqui do lado, comprar mais livros, voltar a ter contato com seres humanos... (oh well, essa é a parte chata, mas necessária).
Minhas metas de Ano Novo nunca dão certo. Além do meu alter-ego chato dar risada delas, descobri que não posso ter o prazo de um ano pra cumprir porque deixo tudo pra dezembro! Devo começar a estabelecer metas mensais ou trimestrais.

Resolvi mexer numas coisas antigas, nas minha adorável bagunça, e descobri que tenho fotos sorrindo. E que meu sorriso era bonito (apesar dos pesares). Isso me fez tão bem! Mas não melhor do que me fez conversar com o Jay. E eu nem percebi o tempo passar, só tenho a agradecer. Obrigada! (Com Todas as Letras).

Desassossego

"Eu nasci para ter horários de refeição seis horas mais tarde que o convencional. Na verdade, nasci para olhar a madrugada, assustada, lá pelas três horas da manhã, e sentir o cheiro de sono da população. Eu e alguns outros mais.
Meu coração é eterno desassossego. Meu olhar, inquieto. E sou livre pela metade: não sou livre de mim, que me torturo, que me disfarço, me critico e me adoro."
(Virginia Gonçalves)

Encontrei esse trecho há bastante tempo e ele caminha comigo até hoje. Certamente faço parte do "alguns outros mais" da autora.
Ela olhava da janela enquanto escrevia, assustada, e sentia que eu estava lá. E sentia alguns outros mais. Juntos éramos um todo, guardiões noturnos de sonhos. E escrevíamos para que os sonhadores percebessem nossa existência e mesmo com nossos olhares inquietos e corações em desassossego, estaríamos sempre por perto. Livres pela metade.

Blah: Sábado perfeito! E hoje a Bridinha estréia o blog dela!

...Eureka!

Percebi há pouco que não falo muito do que sei ou julgo saber. Talvez seja um defeito, talvez não. Eu falo mesmo sobre o que não sei, sobre o que de fato não compreendo, sobre o que gostaria de saber.
Às vezes chego a pensar que falo demais, escrevo demais, por saber menos do que gostaria. Uma busca constante, ansiosa, por um não-sei-o-que que ameaça surgir em meio a minhas linhas tortas, a qualquer instante, fazendo o coração acelerar numa eufórica agonia... Eureka!
Alí na minha frente, num momento único, o meu não-sei-o-que tão procurado, sorrindo para mim! E nesse momento seria eu um hiato verbal mais-que-perfeito. Inteiramente feliz por não ter mais nada a dizer, por não existir além nenhuma frase que fechasse meus capítulos encadernados com chave de ouro.
A menina teria crescido, seu olhar e seus pensamentos não seriam mais os mesmos, mas ela estaria, finalmente, tranquila.

"Só sei que nada sei"
(Sócrates)

Gelo e Cuba Libre

[Post Propaganda]

Minha última madrugada passei na festa de aniversário do Ney Padilha (diretor da TVN - canal 30 - ainda não pega no RJ), grande amigo do meu pai, no Quiosque Número Hum, no Parque dos Patins, Lagoa. O que era para ser uma simples festa, acabou virando uma bagunça gostosa!
Os amplificadores e instrumentos ligados, luzes ok... A ação foi dada pelos grandes músicos que se encontravam na festa. Alguns deles:
Renato - Renato e seus Blue Caps, Leno - Leno e Lilian, Seginho - Ultraje a Rigor, Otávio Henrique - Sangue da Cidade, Luís Claudio e Liebert - The Fevers, o pessoal da banda Black Bird... etc etc etc (Podia fazer propaganda do meu papai também né? Das extintas bandas Cheque Especial e Casanova, atualmente produtor musical, também tocando flash back na Banda Arquivo Pop junto do Luís e do Tatá [Otávio] acima citados e outros mais).
Imagine todos se revezando no palco, tocando um repertório completamente absurdo e "inovador". Para muitos jovens a noite passada não teve valor algum, mas para mim foi um evento fantástico. Pude rever amigos, pessoas que não tenho oportunidade de conversar sempre, conhecer pessoa novas, além de ver um show que, meu Deus, de Beatles a Led Zeppelin foi possível ouvir de tudo!
Outra vida para mim? Pra que?

[/Post Propaganda]

PS: Adrian não quis ir. Adrian não conheceu Serginho.

Não sei, Não sei

Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

Cecília Meireles

Dream On

"Dream on, dream on, dream on,
And dream until your dream comes true."


Layout novo graças a Guiniver, que foi um tanto paciente com minhas exigências e explorações.
Obrigada pelo presente, querida. Eu adorei!
De volta a meu preto-padrão [quem conhecia meu antigo blog sabe que preto sempre foi a cor base], a tentativa é de uma "nova era bloquística", muito embora eu saiba que nada muda comigo. A ausência de posts devidamente escritos foi por isso. Ou quase. Nada mudou comigo de ontem para hoje, mas gradativamente percebi que o blog não tinha mais a minha cara e isso me desanimou um pouco. Gosto do branco, facilita a leitura, gosto de cores, gosto de layouts clássicos... Mas precisava de algo que, de certa forma, ilustrasse minha fase atual. E Dream On é uma das músicas que mais aprecio, de uma das minhas bandas preferidas. Combinada com o preto-padrão ficou perfeita para mim.
Ah, não esquecendo do Feliz Aniversário para meu amigo Roberto! =)


"Contudo os homens matam o que amam
Seja por todos isto ouvido,
Alguns o fazem com acerbo olhar,
Outros com frases de lisonja,
O covarde assassina com um beijo,
O bravo mata com punhal!"
(Oscar Wilde - Balada do Cárcere de Reading)

Paquetá: My Avalon

[Post Editado]

Sim, editei o post porque achei que não combinou com o novo layout. Acreditam?!
De qualquer forma, se quiserem ver as fotos que estavam aqui, é só ir em Portal Paquetá.

[/Post Editado]