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Subversiva

Monday, May 30, 2005

Ela gostava de se perder

Madrugada chuvosa. Ainda acordada, lia o livro que uma grande amiga lhe dera antes de sair do país. Sentia enorme saudade, mas a probabilidade de vê-la novamente era bem pequena. O livro era uma lembrança, com a dedicatória mais bela que alguém poderia receber. Lia e relia quantas vezes pudesse, procurando linhas que desvendassem todo o mistério da vida.

Em alguns capítulos do livro, o som da chuva nas ruas a desconcentrava e ela se perdia em meio a suas fantasias. O homem que ela amava havia voltado para sua cidade natal. Emprego garantido, contatos, família. Ela ficou. Também tinha um bom emprego e parentes por perto. Nenhum dos dois pôde negligenciar os fatos. E cada um seguiu seu rumo, prometendo amor eterno, ainda que a distância insistisse em contestar. Ela gostava de se perder nas fantasias. Em algumas delas, ele voltaria e o amor seria mesmo eterno.

Precisava dormir cedo, teria um dia cansativo ao acordar. Seguir em frente, deixar as fantasias de lado, esquecer a distância, esquecer que o tempo às vezes leva os que mais nos são importantes... e trabalhar, ganhar para seu sustento, para pagar as contas. Enfrentaria o trânsito pesado e as núvens cinzas no céu para no fim do dia poder tomar seu banho quente. Para, aos domingos, almoçar com os pais e ouvir palavras proferidas com orgulho.

A isso chamavam vida. Ela ainda duvidava. Pensava na amiga e tentava lembrar qual o tom daqueles belos olhos claros. Pensava naquele que havia deixado partir por causas menores que seu amor. Por causas menores do que aquelas em que acreditava. Encostava a cabeça no travesseiro e lembrava do sorriso que a motivava todos os dias. O mais encantador de todos os sorrisos. Pena que ele jamais veria dessa mesma forma.

Ela gostava de se perder.

[21.02.2005]



Esse texto foi escrito para o Metáphoras, quando eu ainda era colunista de lá. Ontem, o Thi me chamou para voltar. Alguma sugestão?

PS: Obrigada ao pessoal que está colaborando com meu Top5.

Friday, May 27, 2005

Você se namoraria?

Feriado sem graça pra mim, que fiquei o dia inteirinho sozinha em casa, sem fazer absolutamente nada, a não ser organizar o novo blog dele. Tive que parar a brilhante confecção porque enviei para o email errado, sem querer, senhas necessária para continuar o processo. Três vivas para Bruh, que só agora conseguiu retomar o trabalho.

Eis que surge no msn a querida amiga com a seguinte pergunta no nick: Você se namoraria?
Decidi postar a questão.. Não tive nenhuma idéia brilhante, pelo contrário. O que me veio a mente foi a coleção de reclamações minhas sobre meu RNAm. Pensei como eu mesma não posso ser motivo de reclamação, numa esfera e ponto de vista qualquer. A bem da verdade é que eu não me namoraria, em hipótese alguma. Sou uma pseudo-velha chata, cheia de manias, estressada e metida a intelectual. E não namoraria um pseudo-velho chato, cheio de manias, estressado e metido a intelectual.
Mas existem também as características boas. Saber avaliar, saber o peso dos prós e dos contras, se mostra como o mais difícil. É um eterno jogo. E quem não sabe jogar? E quem se recusa a jogar?

Eu queria mesmo era falar sobre os menores PIBs per capita e os municípios com menores rendas anuais do país. Tenho divagado muito sobre esses males e isso não é nada normal. Um misto de indignação juvenil e ódio do vestibulando desesperado. Ainda vão ler muito sobre isso por aqui, infelizmente. Será que estou passando por um período de transformação intensa e amadurecimento? *chocada*

Top5: Sei que é muito chato, mas tenho que fazer um pedido. E, acreditem, este mais chato ainda. No post passado falei sobre meu "Top5 melhores posts". Sim, eu gostaria de fazê-lo, mas preciso da ajuda de vocês. Quem quiser/puder por favor, deixa comentário dizendo o post meu que mais gostou. Podem dar uma olhadinha nos arquivos [assustam, mas são bem poucos posts. média de 4 por mês.] ou tentem puxar da memória mesmo. Seria de grande ajuda!

Monday, May 23, 2005

Inspi...ra...ção.

A vontade desesperada de escrever e nenhum tema que venha a mente querendo ser exposto, nenhum tema que valha a pena gastar quantidade ilimitada de caracteres. Há tanto a ser dito e, mais uma vez, a inspiração não favorece.

Em meu último conto descrevi, nas entrelinhas, a dificuldade em manter a concentração enquanto o mundo está festando lá fora. Acontece muito semelhante, no exato momento. Os livros atiçam fazendo a memória recordar a última palavra lida antes de cair no sono, os estudos gritam rascunhos mal desenhados esperando serem passados a limpo, a casa desarrumada se revolta sujando os pés descalços com a poeria não varrida, o latido do cachorro na rua implora que as janelas sejam fechadas e as belas frases de saxofone do vizinho não permitem. A saudade me transporta para outra dimensão, sem se preocupar com qualquer outra coisa. O pensamento lá em você, não no texto bem a minha frente. Não no esforço em criar conexão entre as palavras.

Os leitores, pobres deles, se submetem a um esforço absurdo para entender o que se passa. Por que essa menina não preenche o espaço vazio com um aglomerado de palavras qualquer? Por que não fala da sua vida, dos sentimentos, dos compromissos, das aspirações? Por que simplesmente não se deixa levar e escreve?

É, meus amigos... Talvez ela esteja ocupada demais, observando os poucos raios solares entrecortando o céu nublado e iluminando a sua janela.

Friday, May 20, 2005

Dear diary

Estou sem net por tempo indeterminado, embora dando jeitinho de conectar de casa mesmo.
Agradeço a meus amigos blogueiros pela quantidade de visitas que este blog alcançou há alguns dias e aos lindos comentários do post passado. São vocês que fazem valer a pena!

Comecei a ler O Código Da Vinci. Já era hora. Tive que furar um pequeno bloqueio para começar a lê-lo, deu certo e estou gostando bastante. O autor é extremamente detalhista, característica que geralmente me deixa entediada, mas ainda sim agradou.

Famosa história de vestibular me deixando louca. Voltei pra Cultura e Cambridge também está perto. Muitas vezes me pego desejando que isto acabe logo. Depois lembro o quão pior fica daqui para frente. Todas as responsabilidades extras e cobranças que serão despejadas nas minhas costas. Nas costas de todos nós, adolescentes-quase-adultos.

Dúvidas mais recentes: Trocar meu futuro-carro por um mês de intercâmbio? Prestar vestibular também para Ciências Sociais? Fazer um Top5 melhores posts? Defenestrar meu computador?

Sunday, May 15, 2005

Tudo começa

Precisava entregar um novo romance em três meses. Há algum tempo sua inspiração custava a aparecer e dela dependia o pagamento das prestações do novo flat. Nem mesmo o tema principal da história estava definido. O novo flat era realmente bonito, embora pequeno. Pequeno não, compacto.

Um jovem baderneiro que se apaixona por uma distinta mulher. Distinta e cheia de problemas não acessíveis pelo público. Público. Essa palavra a aterrorizava. Uma escritora que não sabia lidar com pessoas. Escrevia sobre algo que conhecia de forma rudimentar. E o jovem se apaixonou pelo belo corpo que cruzava um Café no Centro. Moça, laptop e chá, caminhando para a mesa de frente a dele. Tudo começa.

Idéias, era disso que precisava. Olhava para os lados, alguns cds espalhados, um case guardando a guitarra que ganhara quando era apenas menina, treze anos. Um sonho antigo, passou rápido. Estantes abarrotadas de livros. Vício maldito, esse sim carregou por toda vida. E agora alí, parada. Só faltavam três meses. A prestação não queria esperar.

Começa o que? Ah sim. O tema do romance. Jovem, mulher, baderneiro, distinta. Eduardo e Mônica. Bela música. Legião Urbana marcou uma geração. Plágio é crime. Assim não pode ser. "Tem certeza que deseja excluir 'rascunho'?" Com certeza, meu bem. E uma xícara de café. Ah, espera um pouco. Um homem comum, professor de exatas naquela universidade bem alí. Aponta. A mulher continua firme. Cheia de problemas, escritora. São noivos. O jovem da mesa ao lado nem é tão jovem, regula idade com a moça. E nem é baderneiro. Sinto muito, Eduardo. Ele está metido com jornalismo, com política. E a moça está lá, de frente para ele. Olhares se cruzam. Agora sim, tudo começa.



[plus]
namoro vestibulando:
Ele: Eu sou o RNAm e você o ribossomo. Vem sintetizar uma proteína, vem?
*pula em cima dela*
[/plus]

Wednesday, May 11, 2005

Justiça

"É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes a vida, a saúde, a alimentação, a educação, ao esporte, ao lazer, a cultura, ao respeito, a dignidade, a liberdade e a convivência familiar e comunitária."
(Art. 4º - Estatuto da Criança e do Adolescente)


"Quando a foice cortou meu dedo, eu não sabia se sentia dor, fome ou raiva, muita raiva."
(Arnon, 13 anos, carvoreiro, MG)


"Faço estria nas árvores, jogo ácido e meto a mão na resina das 7 até as 16 horas. Não sei escrever o meu nome porque, depois do serviço, eu só quero comer e ir para a cama."
(Vanderley dos Santos, 14 anos, seringueiro, SP)


"Doem as costas porque estamos pegando folhas da base do pé. Eu tenho que vir com essa blusa de uma manga comprida porque tem o suco do fumo que fica colado na gente."
(Carla, 15 anos, fumicultora, RS)



Ao ler esses trechos, que apareceram numa questão de vestibular na minha apostila de Geografia do Brasil, senti vontade enorme de postar. Não sou uma super-garota, nem vou discutir sobre política horas e horas a fio. Talvez prefira discutir justiça.
Minha visão de mundo é repleta de devaneios e utopias, reconheço. Mas... é justo? Eu aqui, no conforto do meu lar, digitando no meu computador a minha opinião sobre o que é a vida desses adolescentes, para posteriormente publicar numa página pessoal na internet, enquanto eles mesmos, os protagonistas sem os quais não existiria texto meu, não poderiam nem ao menos ler essa opinião se lhes fosse entregue em papel impresso?

Só queria que nosso grito fosse alto o suficiente...

Sunday, May 08, 2005

Rotule-me

Há pouco respondia um email dele e falava sobre ter sido rotulada três vezes, com títulos distintos, num mesmo dia. Costumava me divertir com pessoas que têm o trabalho de prestar atenção nas roupas que visto, nos livros que leio e filmes que assisto só para poder dizer, com aquela certeza que só quem vê sabe, em que grupinho me encaixo.

Infelizmente não faço parte de nenhum grupo [no máximo o dos pseudo-nerds da sala], não me enquadro em praticamente nenhum desses estereótipos sociais e não tenho uma série de pessoas ao meu redor que pensem de forma parecida, compartilhem a mesma visão e os mesmos ideais. Infelizmente não marco encontros a meia luz, numa velho apartamento, num beco misterioso, onde só é possível acesso pela escada de segurança, para discutir minha filosofia de vida com algumas seletas pessoas. E quando digo infelizmente estou sendo sincera.

Costumava me divertir. Pela primeira vez senti certo incômodo ao perceber que existe um mal em ser eu mesma. *sigh*


[editado]
Layout novo, presente do Will. Amei. Só mudei as cores originais.
Tema: atriz Carly Pope, no papel da Sam, do seriado POPular, exibido como Popularidade pelo SBT, há alguns anos.
É, eu vi televisão em algum momento da minha vida.
[/editado]

Tuesday, May 03, 2005

Desejos

livros, estudar, namorar, ir ao teatro, ir a museus, ir à bienal do livro, um domingo na quinta da boa vista, meus óculos novos, passar no vestibular, agradá-lo, roupas novas, assinar a superinteressante, fazer um pré vestibular, viajar, deitar na areia da praia e contar estrelas, bolo de chocolate, dinheiro, ventinho sudoeste, camera digital, disciplina, inglês, japonês, francês, uma rede pra balançar, ir bem no próximo exame de cambridge, um pc novo, the sims 2, um cantinho só meu, grama, sorrisos bobos, cosquinha, dormir agarradinho, cafuné, ser gostosa, fazer a sobrancelha que está medonha, um layout novo, escrever, desenhar, sonhar, uma folha qualquer, um sol amarelo e com cinco ou seis retas fazer um castelo...

[...]