Nostalgia
Toda menina já teve uma agenda, diário ou caderno em que anotasse coisas durante algum período em sua vida. Eu tive. Agendas, diários e cadernos. Sempre gostei de escrever. Às vezes de forma aberta, expondo todos sentimentos, outras - e durante longo tempo - em códigos. Algumas vezes escrevia em forma de contos, criando personagens e fazendo de conta que os fatos não eram reais. Essas minhas agendas foram, para mim, grandes experiências literárias multicoloridas, que guardavam um pouco da Bruh menina.
Invariavelmente, o tempo passou. Passaram os cadernos de anotar também. Estamos na era virtual e agora é tudo online, inclusive os diários. E chega a ser engraçado olhar os velhos papéis e lembrar como era bom separar aquele tempinho antes de dormir para fazer as tais confissões. Engraçado ver as paixonites-secretas da menininha. Ver a linguagem se tornando cada vez mais afiada e rebuscada. Nostálgico perceber que o tempo passa, e como passa, tendo como prova algo tão presente: eu mesma.
Enquanto me delicio com as peripécias da menina-perdida, me espanto com as mudanças significativas, radicais, de uma mesma pessoa. Um amigo escreveu, num testimonial no Orkut, que a menina apenas cresceu. Sim, talvez tenha crescido. Os sentimentos amadureceram, a forma de encarar a vida mudou. A vida mudou. Mas, parando para ler nas entrelinhas, os problemas continuam os mesmos. As dúvidas, as questões, as possíveis soluções. Relacionamentos, dinheiro, estudos, disciplina, expectativas...
O que mudou, meus amigos, não foram as perguntas, mas a forma de perguntar.
Invariavelmente, o tempo passou. Passaram os cadernos de anotar também. Estamos na era virtual e agora é tudo online, inclusive os diários. E chega a ser engraçado olhar os velhos papéis e lembrar como era bom separar aquele tempinho antes de dormir para fazer as tais confissões. Engraçado ver as paixonites-secretas da menininha. Ver a linguagem se tornando cada vez mais afiada e rebuscada. Nostálgico perceber que o tempo passa, e como passa, tendo como prova algo tão presente: eu mesma.
Enquanto me delicio com as peripécias da menina-perdida, me espanto com as mudanças significativas, radicais, de uma mesma pessoa. Um amigo escreveu, num testimonial no Orkut, que a menina apenas cresceu. Sim, talvez tenha crescido. Os sentimentos amadureceram, a forma de encarar a vida mudou. A vida mudou. Mas, parando para ler nas entrelinhas, os problemas continuam os mesmos. As dúvidas, as questões, as possíveis soluções. Relacionamentos, dinheiro, estudos, disciplina, expectativas...
O que mudou, meus amigos, não foram as perguntas, mas a forma de perguntar.