Lembranças
Estava contente com sua vida de solteira, seu emprego e seus móveis cuidadosamente escolhidos.
Às vezes as lembranças vinham, apenas por estar desocupada. Mas estava satisfeita. Às vezes ligava a tv e esbarrava com aquele desenho animado que costumavam ver em seus momentos mais infantis e puros. Ela dava de ombros e fingia não ligar. Sua vida estava nos eixos agora. Não precisava mais daquela infantilidade, era uma nova mulher. Conseguia se concentrar em sua carreira, sua casa, seus projetos.
Um bom banho e a pouca maquiagem e perfume usual. Havia tomado a decisão certa quando deixara o país. Uma traição não devia ser perdoada, ainda mais aquela. Aquela. Durante meses. Ele ainda as havia apresentado. Alguns sempre acabam sendo vítimas. Não passava de uma lembrança distante agora. Bem distante. Ela sorria.
Um amigo no telefone a convidava para jantar. Por que não? Há tanto tempo ela não saia. Mal podia lembrar a última vez. Mas não queria começar tudo de novo. Estava bem daquele jeito. E sua comida caseira era bastante saborosa. Melhor deixar para outra ocasião.
Ele nunca ligou para saber como ela estava. Nenhuma carta sequer. Claro, já haviam se passado anos. O que ela queria? Não devia nem lembrar mais seu nome. Agora tanto fazia. Precisava entregar aquele relatório ainda hoje e já estava se atrasando. Pega as chaves do carro, abre a porta de casa. Ela tinha um jardim. O que mais poderia querer? ::
Seria uma continuação deste?
PS: Minha unha quebrou. Luto.
Child Prey - Dir en grey
Às vezes as lembranças vinham, apenas por estar desocupada. Mas estava satisfeita. Às vezes ligava a tv e esbarrava com aquele desenho animado que costumavam ver em seus momentos mais infantis e puros. Ela dava de ombros e fingia não ligar. Sua vida estava nos eixos agora. Não precisava mais daquela infantilidade, era uma nova mulher. Conseguia se concentrar em sua carreira, sua casa, seus projetos.
Um bom banho e a pouca maquiagem e perfume usual. Havia tomado a decisão certa quando deixara o país. Uma traição não devia ser perdoada, ainda mais aquela. Aquela. Durante meses. Ele ainda as havia apresentado. Alguns sempre acabam sendo vítimas. Não passava de uma lembrança distante agora. Bem distante. Ela sorria.
Um amigo no telefone a convidava para jantar. Por que não? Há tanto tempo ela não saia. Mal podia lembrar a última vez. Mas não queria começar tudo de novo. Estava bem daquele jeito. E sua comida caseira era bastante saborosa. Melhor deixar para outra ocasião.
Ele nunca ligou para saber como ela estava. Nenhuma carta sequer. Claro, já haviam se passado anos. O que ela queria? Não devia nem lembrar mais seu nome. Agora tanto fazia. Precisava entregar aquele relatório ainda hoje e já estava se atrasando. Pega as chaves do carro, abre a porta de casa. Ela tinha um jardim. O que mais poderia querer? ::
Seria uma continuação deste?
PS: Minha unha quebrou. Luto.
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